Confira quem foram os sortudos
da História que conseguiram se safar da morte
Havia uma crença antiga de que uma pessoa que sobrevive
a uma execução não pode legalmente ser executada novamente. Mas, em sua maior
parte, isso sempre foi um mito, pois o responsável pelas execuções fazia (ou
faz) tudo o que era necessário para elas acontecerem com o final esperado: a
morte do acusado.
Porém, nem sempre foi assim. No passado, algumas pessoas que
sobreviveram às execuções judiciais conseguiram escapar ilesas. Muitas vezes,
esses fatos eram vistos como sinais de Deus ou uma declaração de inocência. Por
outro lado, às vezes essas “salvações divinas” foram consideradas apenas um
serviço mal feito dos algozes. Quer saber como algumas aconteceram? Confira
abaixo.
1 – O homem
chamado Franks
Um assassino, registrado como "The Man Franks” na cópia de um jornal australiano de 1872,
sobreviveu a sua execução graças à grande incompetência de seus carrascos.
De acordo com os relatos, a execução, ocorrida nas ilhas
Fiji, já começou bagunçada. A cerimônia atrasou e a corda que seria usada no
enforcamento molhou com a chuva, sendo que depois tentaram secá-la perto do
fogo. Após esse início conturbado, os algozes colocaram a corda no pescoço de
Franks, mas não conseguiram deixar o nó muito apertado.
Mesmo assim, continuaram com a sessão de execução. O delegado
deu a ordem e a abertura do chão abriu, fazendo Franks cair com a corda no
pescoço. Porém, depois de três minutos de silêncio, ele começou a se mover e a
falar, pedindo para ser salvo de seu martírio.
Ele ainda conseguiu afrouxar a outra corda que amarrava as
suas mãos e pediu perdão aos seus condenadores. Depois dessa cena, ninguém
queria passar por isso de novo e Franks foi poupado da morte. Os agentes da
justiça da época e os cidadãos preferiram apenas o seu banimento e Franks pode
continuar a sua vida longe dali.
2 –
Anne Greene
Em 1650 , quando Anne Greene tinha 22 anos, ela era uma
serviçal na casa de Sir Thomas Read. Ela ficou grávida do neto deste homem, mas
a moça afirmava que não estava esperando um bebê, a fim de se proteger. Quando
estava com 18 semanas, Anne sentiu-se mal enquanto trabalhava e abortou,
escondendo (desesperada) o feto entre cinzas e terra.
Na época, existia uma lei que qualquer mulher solteira que
escondesse a gravidez ou um natimorto seria acusada de infanticídio. Então, o
ato de Anne foi descoberto e ela foi enforcada no pátio do castelo de Oxford.
Após a execução, o corpo foi recolhido e entregue a uma faculdade de medicina
para dissecação.
No entanto, quando o caixão foi aberto, os cirurgiões
detectaram um leve movimento no peito de Anne. Então, eles se esqueceram de sua
intenção inicial e começaram a tentar reanimá-la por meio de transfusões e
emplastros quentes. E não é que ela sobreviveu? O público viu isso como a
decisão de Deus e Greene foi perdoada. Após o acontecimento, ela mudou de
cidade, se casou e teve filhos.
3. Margaret
Dickson
Mais uma mulher que não resistiu aos encantos de um rapaz e
apareceu grávida no século 18 em Edinburgo, na Escócia. Só que neste caso, a
moça era casada, já tinha dois filhos e seu marido estava bem longe.
Em 1724, Margaret Dickson ficou grávida do filho de um nobre,
para o qual ela prestava serviços de doméstica, enquanto seu marido estava há
meses trabalhando no mar. Ela tentou esconder a gravidez e deu à luz
prematuramente, mas a criança não resistiu e Margaret o levou para deixá-lo em
um rio. Porém, ela foi vista e a acusaram de ter matado o filho.
Ela então foi
condenada e executada por
enforcamento pelo crime de infanticídio. Quando a sua família levava o seu
caixão para o cemitério, eles pararam quando ouviram alguém bater lá dentro.
Margaret estava viva e o acontecimento também foi considerado como um ato de
Deus. A moça ainda foi perdoada pelo marido, que se casou com ela pela segunda
vez. Eles tiveram mais um filho e ela viveu por mais 40 anos.
4 – Inetta
de Balsham
Inetta de Balsham foi condenada à morte por abrigar ladrões
em 1264. Os registros afirmam que ela foi enforcada às 9 horas da manhã da
segunda-feira, 16 de agosto, e ficou na forca até a quinta-feira seguinte.
Quando ela foi recolhida, ainda estava viva.
As pessoas constataram que a sua traqueia nunca foi
suficientemente comprimida pela forca. A sua sobrevivência chamou a atenção do
rei Henrique III, que lhe concedeu um perdão real.
5 – Romell
Broom
Sobreviver a uma execução atual é verdadeiramente um
milagre. Mortes por injeção letal são projetadas para despachar o condenado de
forma rápida, indolor e sem erros. No entanto, Romell Broom provou que isso não
é o que acontece sempre.
Em 2009, Romell, condenado por seqüestro, estupro e
assassinato, se tornou a primeira pessoa a sobreviver a uma execução por
injeção letal. Os executores tentaram por mais de duas horas localizar uma veia
adequada para a injeção, atingindo ossos e músculos durante o processo, mas não
conseguiram penetrar uma veia íntegra, que não entrasse em colapso
imediatamente como as outras. Então, ele foi levado de volta à sua cela e teve
adiamento da execução.
Durante esse adiamento, os advogados de Romell declararam que
ele havia sofrido punição cruel e incomum durante a sua execução sem êxito.
Eles começaram um movimento para mudar as leis de injeção letal nos Estados
Unidos e declararam que matar Romell seria destruição de provas-chave no
processo. Ele ainda está vivo e à espera de recurso.
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