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Sou Major da Polícia Militar, Pedagogo, Especialista em Segurança Pública, Já ocupei as funções de Diretor do Colégio da Polícia Militar-PB (nov2009-jun2017), Coordenador-Geral do PRONATEC na Paraíba (mai2016-mai2017) e Coordenador de Polo do PBVest (2015-jun2017). Atualmente componho o Estado-Maior Estratégico da Polícia Militar da Paraíba, na função de Coordenador do EM/4-Políticas de Prevenção. Acredito que o nosso Brasil pode melhorar muito mais, na medida em que todos possam colaborar com as suas capacidades. TWITTER : @ElmerMelz ; FACEBOOK: Elmer Melz

terça-feira, 23 de julho de 2013

Papamóvel: o carro do pontífice [infográfico]


Papamóvel: o carro do pontífice [infográfico]







Entre os dias 22 e 28 de julho, o Rio de Janeiro será sede de um dos maiores eventos católicos do mundo: a Jornada Mundial da Juventude. Durante esse período, milhões de pessoas participarão de atividades relacionadas a uma das principais religiões cristãs do mundo. E entre os destaques da Jornada está a presença do Papa Francisco I, que vem ao Brasil pela primeira vez como pontífice.
E quando falamos em aparições públicas do Papa, logo nos lembramos dos famosos “papamóveis”, os carros preparados especialmente para transportar e garantir a segurança dele. Mas como são esses veículos? Qual a importância deles e quando começaram a ser utilizados? Vamos descobrir as respostas para essas perguntas aqui mesmo no Tecmundo.

Sede gestatória: antes das quatro rodas

A Igreja Católica possui quase 2 mil anos e o primeiro Papa (São Pedro) data da mesma época. Naquele tempo — e até pouco menos de um século atrás —, não existiam carros, e por isso o Papa não poderia ser transportado em um Papamóvel. Mas a caminhada não seria viável, pois o Papa precisava ser visto quando estivesse passando por grandes aglomerações de pessoas.
Por isso, foi criada a sede gestatória, que seria uma espécie de liteira papal. Trata-se de uma estrutura equipada com um trono e espaços para que várias pessoas carreguem o pontífice, literalmente, nos ombros. E essa tradição durou quase um milênio, sendo implementada no período bizantino — que teve a participação católica como destaque no final do século XI.
E isso durou até o curto pontificado do Papa João Paulo I, em 1978. Visando tornar o cargo papal mais humilde, o pontífice declarou que não usaria a sede gestatória, deixando a cargo dos próximos papas a decisão quanto à continuidade da utilização. E desde então, nunca mais foi necessário utilizar a estrutura.

Mercedes-Benz: a principal fornecedora

Já faz 83 anos que surgiu o primeiro carro especialmente produzido para um Papa. Na época, não havia a presença de cúpulas protegidas para fazer com que ele fosse mais bem protegido; eram apenas carros de luxo com alguns adicionais que pudessem oferecer o melhor conforto para o pontífice. E durante essas oito décadas, uma empresa se destacou na produção dos papamóveis.
Trata-se da Mercedes-Benz. Foi ela que preparou o Nürburg 460 papal de 1930, e também foi essa mesma fabricante que presenteou o Papa Francisco I com um Mercedes-Benz Classe M. Isso mesmo, todos os papamóveis já vistos até hoje foram presentes das fabricantes para a Igreja Católica. Outras empresas fizeram ações parecidas, mas nenhuma teve tanto destaque quanto a Mercedes.

A necessidade de blindagem

Apesar da figura controversa de alguns papas do passado, João Paulo II (que teve o pontificado entre 1978 e 2005) era uma das mais carismáticas figuras religiosas do mundo — tendo admiração por pessoas de diversas outras religiões e doutrinas. Mas isso não foi o suficiente para livrá-lo de uma tentativa de assassinato em 1981. No dia 13 de maio daquele ano, João Paulo II foi baleado sobre o papamóvel — um jipe FIAT Campagnola.
Depois desse episódio, os papamóveis começaram a ser construídos com cúpulas de vidro blindado, que, apesar de mostrarem o pontífice para as multidões, poderiam mantê-lo em segurança e livre de possíveis atentados. Esse foi um dos marcos na modificação do significado dos papamóveis. Antes, eram carros de transporte para o pontífice, mas a partir de então passariam a ser muito mais conhecidos como o veículo que poderia mostrá-lo aos fiéis em segurança.
Em 1982, a Range Rover entregou o veículo 230G, que foi o primeiro papamóvel a utilizar a já mencionada blindagem. Atualmente, em situações que o Papa não quer estruturas fechadas, são realizadas operações especiais para neutralizar qualquer ameaça que possa surgir. Algo similar vai ser realizado no Brasil, durante a jornada mundial da juventude.

O papamóvel no Brasil

Durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Brasil durante a próxima semana, o Papa Francisco I estará em solo brasileiro como pontífice pela primeira vez. E o carro que será utilizado no evento veio diretamente do Vaticano — trazidos pelo avião C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB).
Trata-se de um jipe modificado, com apenas uma proteção frontal e alguns outros materiais que vão manter o Papa latino de uma forma mais confortável. Você deve ter reparado que nós dissemos “apenas uma proteção frontal”. O Papa Francisco I não usará um papamóvel totalmente blindado enquanto estiver no Rio de Janeiro e, por isso, a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) ampliou todos os esforços que serão deslocados para garantir a segurança do pontífice.
Isso inclui forças especiais da polícia, que será responsável pela escolta da delegação católica. Vale ressaltar que ele ainda pode mudar de ideia durante sua estadia em nosso território, havendo a possibilidade de utilizar um carro totalmente blindado, mas são poucas as chances de que isso aconteça.
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Você já conhecia as origens do papamóvel e a importância dele na manutenção da segurança papal? Certamente, trata-se de uma grande força aliada na proteção de uma das figuras religiosas mais importantes do mundo. Você acha que falta algo nos veículos? 

domingo, 21 de julho de 2013

Vai encarar um treino nesta academia hardcore da Ucrânia?


Academia é gratuita, possui 10 mil metros quadrados, fica ao céu aberto e todos os aparelhos foram produzidos com sucata.

Vai encarar um treino nesta academia hardcore da Ucrânia?
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, fica ao céu aberto e todos os aparelhos foram produzidos com sucata.
Fonte da imagem: Kirill Golovchenko



Se você acha que pega pesado na academia todos os dias é porque ainda não conheceu a Kachalka Muscle Beach, que existe desde o início da década de 70 na cidade de Kiev, na Ucrânia.
Essa academia a céu aberto e perto da praia, que possui cerca de 10 mil metros quadrados, é uma das únicas na qual você “puxaria ferro” de verdade. Isso porque todos os aparelhos disponíveis no local foram fabricados com metal reutilizado — popularmente conhecido como sucata.
Os equipamentos são bastante “rústicos” e alguns até parecem máquinas de alguma fábrica velha e abandonada. Apesar de a aparência do recinto assustar um pouco, pelo o que vimos nas fotos feitas por Kirill Golovchenko, a Kachalka Muscle Beach não é frequentada somente por marombados ou marombadas.
Magrelos, gordinhos, adolescentes e até senhores de mais idade tem espaço para praticar sua musculação diária, faça chuva ou faça sol! Outra vantagem em se exercitar na Kachalka é que você não precisa pagar nada: ela é gratuita. E aí, você encararia um treino pesado nessa academia? Confira mais fotografias abaixo.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Edward Teach – O pirata Barba Negra


Na história da Terra tivemos diversos heróis e diversos vilões, alguns mais conhecidos e famosos que outros, mas foram homens que mudaram o rumo da história e serão sempre lembrados por seus feitos. Por isso vamos lembrar e contar a história dessas pessoas que mudaram o mundo e tornaram-se lendas:

Edward Teach – O pirata Barba Negra

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A maior lenda dos sete mares, o mais sanguinário dos piratas, capitão temido por todos, o homem que bebia drinks pegando fogo, esse era Barba Negra o maior pirata que andou nesse mundo.

Edward Teach, nascido provavelmente em Bristol na Inglaterra por volta do ano de 1680, ainda 
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cedo tornou-se um homem do mar, lutando na Guerra da Sucessão Espanhola. Depois disso, trabalhando junto ao capitão Benjamin Hornigold, ele ganhou sua primeira oportunidade para comandar um navio e a partir desse momento a lenda começou a surgir.


Logo eles já haviam aumentado sua frota em mais dois navios, roubados em suas missões piratas. Pouco tempo depois disso, Hornigold desistiu do mundo de roubos e mortes, deixando um navio para Edward, que lhe chamou de Queen Anne’s Revenge. Um barco mercante, que foi equipado com 40 poderosos canhões de guerra.

Em pouco tempo Edward Teach, tornou-se Barba Negra e era temido em todos os cantos do mundo. Contam que ele era sanguinário, matando todos seus inimigos e afundando navios que cruzavam seu caminho apenas por diversão.
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Sua fama ia se espalhando a passos largos e seu poderoso navio tomava conta do mar próximo a Virginia e do mar Caribenho. Conta-se que ele não seguia as regras dos piratas, todas as leis em seu barco eram sua palavra e o que ele decidia, mas ninguém pensava em ir contra o temido capitão, afinal ele pagava seus tripulantes como ninguém e matava qualquer um que ousasse ir contra sua vontade. Várias foram às vezes que ele matou algum tripulante sem ao mesmo deixar ele se explicar.

A riqueza e o poder do Barba Negra cresceram e logo despertaram a atenção do governo, que queria sua cabeça, mas não era fácil pegar aquele homem que andava armado até os dentes, sempre trazendo consigo espadas, mosquetões e facas. Além disso, dizem que ele usava pavios de pólvora no chapéu e tocava fogo nelas quando estava em batalha, para assustar seus inimigos.
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Falam que uma vez, quando desafiado em um bar, ele jogou pólvora dentro do seu copo de rum, ateou fogo e tomou a bebida incandescente na frente de todos os presentes, aumentando ainda mais sua fama de filho do demônio.

Com a idade chegando, ele se retirou para Carolina do Norte, onde cobrava pedágios de todos os navios mercantes para poderem passar por ali. Isso fez com que houvesse uma revolta, então o governo criou um pequeno exército para capturar o maldito pirata.
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Por sorte o dia escolhido para o ataque, foi um onde a maior parte da tripulação de Barba Negra estava no mar, assim ele foi pego e morto, depois decapitado. E mesmo morto ele não foi esquecido, devido a lenda do seu tesouro, dizem que em algum lugar do Caribe existe um tesouro inestimável com a maior parte da grande riqueza que ele juntou em todos os anos de pirataria, porém ele jamais foi encontrado, tornando uma famosa lenda.

Ele morreu, porém seu nome jamais foi esquecido, pois Barba Negra ainda é o mais temido pirata dos setes mares!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Lachhiman Gurung


Na história da Terra tivemos diversos heróis e diversos vilões, alguns mais conhecidos e famosos que outros, mas foram homens que mudaram o rumo da história e serão sempre lembrados por seus feitos. Por isso vamos lembrar e contar a história dessas pessoas que mudaram o mundo e tornaram-se lendas:

Lachhiman Gurung

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Nascido em Dakhani, uma esquecida vila nos confins do Nepal, Lachhiman Gurung era um homem pequeno, com pouco mais de um metro e meio de altura, que em tempos de paz jamais seria aceito no exército, mas em tempos de guerra todo homem poderia ser usado, mesmo que não acreditassem em alguém tão pequeno.
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Sendo assim, Lachhiman foi designado para o 8º Gurkha Rifles, depois de ter passado pelos treinos básicos. Durante algum tempo ele lutou na guerra como qualquer outro soldado, até que um dia sua companhia recebeu a ordem para uma importante missão: impedir o avanço de algumas tropas de japonesas.


Enviados para a Taungdaw, seu pelotão estava preparando para atacar os japoneses, quando foram surpreendidos por um número enorme de inimigos, em pouco tempo eles estavam em apuros. No meio do tiroteio, a trincheira onde Gurung estava foi alvejada por três granadas, rapidamente ele se livrou de duas, mas quando a terceira ia ser jogada fora, acabou explodindo em sua mão.
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Na explosão ele perdeu os dedos, machucou o braço e também o rosto, porém mesmo assim continuou lutando enquanto seus amigos agonizavam ao seu lado dentro da trincheira. Estavam ali apenas ele e mais dois incapacitados de lutar.

Tirando forças de algum lugar e esquecendo a dor, Gurung pegou seu rifle e começou a atacar osVC Lachhiman Gurung
japoneses que avançavam, cada vez que o inimigo se aproximava era rechaçado para longe pelas balas do homem com apenas um braço.


Ninguém sabe como, mas Lachhiman defendeu por quatro horas sua posição, espantando os japoneses utilizando-se de apenas um braço, enquanto o outro sangrava. Depois da chegada dos reforços o homem foi salvo e a contagem de corpos inimigos nas proximidades era 87.

Por esse feito jamais d’antes vistos, Lachhiman Gurung ganhou a mais alta condecoração possível a Victoria Cross!

Depois disso, ele ainda esteve no exército por mais alguns anos, retirando-se como Sargento e sendo chamado de lenda por todos. Já na reserva ele virou criador de gado e viveu tranquilamente até morrer aos 92 anos de causas naturais.
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Esse foi Lachhiman Gurung o homem que parou um pelotão inteiro com apenas um mão, tornando-se uma das maiores lendas militares do mundo!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Audie Murphy


Na história da Terra tivemos diversos heróis e diversos vilões, alguns mais conhecidos e famosos que outros, mas foram homens que mudaram o rumo da história e serão sempre lembrados por seus feitos. Por isso vamos lembrar e contar a história dessas pessoas que mudaram o mundo e tornaram-se lendas:

Audie Murphy

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De piada a lenda, esse foi Audie Muphy, um texano, que era motivo de gargalhadas para seus colegas por ter apenas 1,60 de altura, mas que se tornava um gigante do campo de batalha, capaz de dizimar pelotões inteiros e matar mais homens do que um gigante.


Nascido em junho de 1924, Audie era de origem pobre, por isso desde muito novo teve que trabalhar, ainda mais quando seu pai abandonou a família. Quando completou dezoito anos ele resolveu se alistar na Infantaria, onde mal conseguiu completar o treinamento, tanto que seus superiores queriam lhe colocar apenas na cozinha, dessa maneira não traria maiores problemas.

Como o Exército estava precisando de homens, ele acabou sendo enviado para guerra mesmo assim, pois possuía boas habilidades atirando. Logo que chegou a seu primeiro front de batalha, acabou pegando malária, doença que lhe acompanhou por toda a guerra.
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Após isso ele foi para França, onde seu pelotão estava se preparando para render alguns alemães
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quando foram emboscados, nessa armadilha seu melhor amigo acabou sendo morto e a fúria do pequeno soldado despertou, dizem que ele acabou com todo o pelotão inimigo, matou mais algumas dezenas de soldados que estavam em trincheiras próximas e com seu rifle comum abateu um grupo de snipers a mais de 100 metros.


Mais de um ano se passou e o pelotão de Audie foi enviado para defender uma região importante da França, mas com eles haviam apenas 20 homens e dois tanques. Quando já estavam em posição um número enorme de alemães surgiram, naquele momento todos pensaram que a derrota era certa e seria rápida.

Em pouco tempo os dois tanques estavam destruídos e os nazistas avançavam rapidamente. Vendo aquilo Audie abandonou o esconderijo e sozinho correu ate um dos tanques destruídos, subiu nele e começou a atirar com a. 50, enquanto tudo ardia em chamas a sua volta.
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Por uma hora ele ficou lá em cima, matando nazistas e afastando todos os inimigos, enquanto o taque queimava, assim ele sozinho consegui deter o avanço dos alemães. Contam que quando Audie saiu de cima do tanque e vinha em direção aos colegas, o tanque explodiu nas suas costas, igual a cena de filme.
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Depois disso, Audie Muphy veio a se tornar o soldado mais condecorado de toda a guerra com mais de vinte medalhas, algumas repetidas e outras de países como França (Legion of Merit e a Purple Star) e Bélgica (Croix de Guerre), que tiveram que se render ai poder daquele pequeno homem. Nos EUA ele ganhou todas as medalhas que um homem pode receber.

Apesar disso, no pós-guerra sua vida foi sofrida e ele teve que tomar remédios para conseguir conviver com as memórias, no fim Audie ficou viciado em um remédio que usava, mas ele não era um homem comum e não quis se tratar.

Quando viu que precisava parar com o maldito antidepressivo, ele simplesmente se prendeu dentro do quarto de um hotel e só saiu de lá quando estava livre das drogas, depois disso jamais teve que tomar nada.

Depois de ter vencido a Guerra e todos seus problemas, Audie tornou-se ator, ganhando bastante fama com os filmes de faroeste, onde participou de mais de vinte longas. Em 1971 ele faleceu, devido a um acidente de avião, mas jamais foi esquecido em sua terra, tendo um hospital com seu nome: Audie L. Murphy Memorial Veterans Hospital; um selo com seu rosto e até mesmo um espécie de feriado no Texas, chamado de Dia de Audie Murphy.
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Esse foi Audie, o pequeno soldado que de piada virou lenda, mostrando que não se mede o valor de um homem por seu tamanho e sim por seus atos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sir William Wallace


Na história da Terra tivemos diversos heróis e diversos vilões, alguns mais conhecidos e famosos que outros, mas foram homens que mudaram o rumo da história e serão sempre lembrados por seus feitos. Por isso vamos lembrar e contar a história dessas pessoas que mudaram o mundo e tornaram-se lendas:

Sir William Wallace

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Muitos já devem ter visto um dos melhores filmes de todos os tempos, chamado Coração Valente, o qual conta a história de William Wallace e a luta dos escoceses contra a Inglaterra por liberdade. Apesar de essa história a incrível parecer um roteiro de cinema, ela realmente aconteceu e mostrou
scflagao mundo que um homem com sonhos pode mudar tudo que quiser.

William nasceu em uma família simples, que possuía poucas terras e provavelmente vivia no vilarejo de Ellerslie ou mesmo em Ellerslie, não se sabe ao certo. Ele nasceu em uma época complicada, pois por volta de 1286 o Rei Alexander III que comandava a Escócia morreu, deixando não apenas o trono vago, mas também criando diversos conflitos internos para saber quem iria assumir o posto de Rei.

Vendo a briga entre os principais nobres escoceses, o Rei da Inglaterra, Edward I, viu a oportunidade de conquistar terras com facilidade, assim ele se ofereceu para ajudar os escoceses, que aceitaram a oferta, porém mal sabiam eles que isso era um golpe. Em pouco tempo a Escócia virou uma espécie de extensão da Inglaterra e os nobres nada fizeram, temendo uma luta aberta contra o Rei.
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Sendo assim a Escócia ficou sob o comando de Edward I, que também era conhecido como Longshanks, e isso fez com que muitas coisas mudassem. Uma delas acabou afetando a família de William Wallace, que teve sua esposa morta por um delegado local e como corria em suas veias o sangue da batalha, ele vingou a morte de sua amada, matando o assassino e a partir desse momento tornou-se um criminoso procurado.
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Descontente com a coroa, William aos poucos começou a se tornar um líder dos rebeldes e a cada
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lugar que ia centenas se juntavam a ele na luta contra o domínio inglês. Assim acabou chamando a atenção dos nobres escoceses que também estavam descontentes com Longshanks. O primeiro a ser unir a Wallace foi Andrew Murray, logo depois mais três grandes nobres juraram apoio a William: James Stewart, James Douglas e Robert Bruce.


Com um exército mal armado e jamais treinado, William Wallace foi para a batalha. A primeira grande luta foi a famosa Batalha de Stirling, onde os escoceses enfrentaram frente a frente o poderosíssimo exército inglês e graças a capacidade e inteligência de Wallace venceram.
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Os ingleses tinham uma armada muito maior, assim os escoceses esperaram o inimigo do outro lado do rio e no momento em que eles estavam vulneráveis e fora de formação atravessando a ponte, os mal trapilhos escoceses atacaram, fazendo com que a superioridade numérica inglesa não valesse de nada. A vitória foi grande, apesar de William ter pedido seu braço direito, Andrew Murray.

Após essa batalha William foi nomeado chefe dos exércitos escoceses por Robert Bruce.
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Infelizmente a próxima grande batalha seria a de Falkirk, onde os escoceses poderiam ter vencido a guerra de uma vez, porém seu exército estava separado e ainda lutaram em desvantagem em vários aspectos, por esse motivo a Inglaterra venceu, comandada pessoalmente por Edward Longshanks. A sangrenta batalha quase destruiu todo o exército da Escócia e William teve que fugir para não ser morto.
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A derrota também matou a esperança dos escoceses, assim os nobres acabaram cedendo e se rendendo as ordens do rei inglês. Enquanto a Escócia se entregava, William viajava escondido por diversos lugares tentando encontrar uma maneira de libertar seu país.
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Dizem que quando voltava para Escócia, onde se encontraria com Robert Bruce, Wallace foi traído e John Mentieth, seu próprio compatriota, lhe entregou a coroa inglesa, assim William foi mandando para Inglaterra.

Lá ele foi julgado, sem direito a defesa e condenado a morte na hora. Primeiro ele foi enforcado, até quase perder os sentidos, depois foi amarrado e teve as entranhas arrancadas, por último sua cabeça foi cortada e seu corpo picado, para que as partes fossem enviadas para servir de exemplo.

William Wallace pode não ter vencido a guerra contra os Ingleses, mas morreu tentando e acabou sendo traído por seu próprio povo. Contudo essa derrota e sacrifício pelo que acreditava, fez com que a imagem de William se transformasse em algo que todos os escoceses precisavam: coragem de lutar. Assim Wallace virou um mito em seu país e seus sonhos impulsionaram a Escócia e poucos anos depois, liderados por Robert Bruce, os escoceses enfim venceram e seu país voltou a ser livre.
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William Wallace não venceu em vida, mas sua morte foi o combustível da vitória para seu povo e país. "Liberdade é a melhor de todas as coisas a ser conquistada, a verdade, lhe digo então: nunca viva com os grilhões da escravidão".

domingo, 14 de julho de 2013

Miyamoto Musashi – O Deus da espada


Na história da Terra tivemos diversos heróis e diversos vilões, alguns mais conhecidos e famosos que outros, mas foram homens que mudaram o rumo da história e serão sempre lembrados por seus feitos. Por isso vamos lembrar e contar a história dessas pessoas que mudaram o mundo e tornaram-se lendas:



Miyamoto Musashi – O Deus da espada


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Musashi muito além de um homem foi uma lenda, seu poder com uma espada em mãos era tão grande que as pessoas acreditavam que ele tinha poderes sobrenaturais. Inventor de novas técnicas de luta e exímio espadachim, Myamoto lutou contra os maiores poderosos guerreiros de seu tempo e jamais foi derrotado, nem mesmo por outra lenda da espada que certa vez encontrou no que deve ter sido o maior duelo de todos os tempos.



Musashi nasceu em uma época de mudanças, quando as primeiras armas de fogo surgiam no mundo, mas ele preferiu a espada e com ela em mãos fez história. Nascido em 1584, ele iniciou seu treinamento ainda usando criança na famosa escola Ryu Yoshioka, considerada uma das melhores e mais tradicionais de todo o Japão.
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Naquele tempo eram muito comuns os duelos de espadachins, muitas vezes a luta só acabava com um recebendo a morte e o outro a fama. Por isso mitos guerreiros viajam por todo país desafiando espadachins de outras escolas para duelos. Isso não foi diferente com Musashi, que teve seu primeiro duelo com apenas treze anos, no qual ele venceu Arima Kibei um famoso espadachim.
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A partir desse momento ele começou a vagar pelo Japão em busca de novos duelos, visitando as melhores escolas de artes marciais que existiam. Infelizmente ninguém era páreo para Musashi e sua temida espada.

Conta à história que um dos maiores feitos da vida de Musashi foi a Batalha do Pinheiro, quando ele sozinho enfrentou trinta discípulos academia Yoshioka, em uma luta épica, onde ele apresentou ao mundo pela primeira vez a técnica que o fez seu tornar uma lenda: A luta com duas espadas.
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Niten Ichi Ryu era o nome de técnica, que era aplicada na utilização de duas espadas ao mesmo tempo, dando uma grande vantagem ao espadachim, porém havia um ensinamento completo nessa arte que também abordava espadas grandes e pequenas, além de lanças.

Com essa vitória Miyamoto tornou-se uma lenda viva e centenas de pessoas queriam aprender sua incrível técnica, assim ele se tornou um nome de respeito e era chamado de kensei, um santo da espada.

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Sua fama correu por todos os cantos e quando ele havia derrotado 59 inimigos em duelos mortais, outro espadachim lendário resolveu desafiar Musashi.

Sasaki Kojiro era um temido samurai, que ficou conhecido por lutar com uma espada de lâmina reta com um metro de comprimento. Mas não foi só por isso que ele se tornou famoso e, apesar toda arrogância, era um poderoso espadachim, que havia vencido tantos duelos quando Musashi, por isso a luta entre os dois parou o Japão.
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O duelo ocorreu na Ilha de Funashima e apesar do costume dizer que apenas o desafiante, o desafiado e as testemunhas podiam ver a luta, isso foi esquecido e o povo compareceu no lugar, afinal aquela seria a maior luta de espadas que o mundo já viu e ninguém queria perder.
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A batalha entre os dois foi épica, porém durou pouco, pois não havia homem no mundo capaz de vencer Musashi e toda sua habilidade com a espada. Sasaki foi derrotado e Miyamoto resolveu depois daquela luta não mais lutar, pois não havia quem pudesse vencê-lo.

Assim ele se recolheu a uma caverna, onde dedicava seu tempo às artes, que incluíam pintura, desenhos e a literatura, inclusive ele escreveu alguns livros nos seus últimos tempos e criou uma lista chamada Dokudo, que são os conceitos para a autoconfiança, que você pode ler abaixo:
O caminho da Auto-confiança
Eu nunca ajo contrário à moralidade tradicional. Eu não sou parcial com nada e nem com ninguém. Eu nunca tento arrebatar um momento de sossego. Eu penso humildemente de mim e grandemente para o público. Sou inteiramente livre de ganância em toda minha vida.Eu nunca lamento o que já fiz. Eu nunca invejo a boa sorte dos outros, mesmo estando com má sorte. Eu nunca aflijo-me por qualquer um, qualquer coisa ou qualquer tempo. Eu nunca censuro ninguém, ou me censuro para alguém. Eu nunca sonho em apaixonar-me por uma mulher. Gostar e não gostar de algo, é um sentimento que não tenho. Qualquer que seja a minha moradia, eu não tenho nenhuma objeção à ela. Eu nunca desejo um alimento saboroso. Eu nunca tenho objetos antigos ou curiosos em meu poder. Eu nunca faço purificação ou obstinência para proteger-me do mal. Eu não tenho apreço por nenhum objeto, exceto espadas e outras armas. Eu nunca daria minha vida por uma causa injusta.Eu nunca desejo possuir bens que tornem minha velhice confortável. Eu adoro deuses e budas, mas nunca penso em depender deles. Eu prefiro me matar do que desonrar meu bom nome. Nunca, nem por um momento sequer, meu coração e minha alma desviaram-se do caminho da espada. 12 de maio de 1645 – Shinmen Musashi
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Existem muitas outras obras do famoso samurai e ensinamentos, os quais ele escreveu e criounews_large_musashi01
depois de largar as batalhas. Felizmente ele nunca deixou de lado a espada e ensinou até seus último dias alguns discípulos.


Quando notou que seu tempo aqui era curto, Musashi se desfez de todos seus bens, escreveu um pequeno manuscrito e esperou a morte em sua caverna. Dizem que ele morreu de joelhos com a espada que tanto amou na mão. Assim partiu do mundo o homem que simboliza o bushido (caminho do guerreiro), um espadachim invencível.